A surdez é um problema que atinge pessoas de todas as idades, em todos os cantos do mundo. Ela pode ter causas diversas, estando presente, inclusive, desde o nascimento. A esses casos, damos o nome de surdez congênita, condição que, quando completa ou de grau severo, afeta uma a cada mil crianças nascidas, segundo a Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
A surdez congênita é um tema que levanta muitas dúvidas. Entre elas, podemos destacar: as principais causas, como identificar em bebês, como preveni-la durante a gestação e se há tratamentos.
Por isso, preparamos este texto com todas as informações sobre a surdez congênita. Quer saber mais? Então, continue a leitura!
O que é a surdez congênita?
A surdez congênita é uma condição na qual a perda auditiva está presente no paciente desde o nascimento, geralmente tendo sido desenvolvida durante a gestação. Em outras palavras, a pessoa nasce com essa deficiência auditiva — a “surdez de nascença”, como é popularmente chamada.
Essa surdez pode ter várias causas, que podem ser desencadeadas antes, durante ou logo após o parto. Além disso, ela também pode se apresentar em diversos graus — desde os mais leves até os mais severos — e atingir os dois ou apenas um ouvido.
Quais são as causas da surdez congênita?
Todo problema de saúde congênito gera uma série de dúvidas sobre suas possíveis causas; com a surdez, não é diferente. Confira, então, os principais fatores causadores dessa condição:
Fatores genéticos
Boa parte dos casos de surdez congênita são hereditários, resultados de mutações ou anormalidades genéticas transmitidas dos pais para o bebê. Além disso, algumas doenças genéticas, como a Síndrome de Waardenburg, a Síndrome de Usher e a Síndrome de Alport, também podem desencadear a condição.
Infecções intrauterinas
Infecções que atingem a mãe durante a gravidez, como rubéola, citomegalovírus (CMV) e toxoplasmose, além de algumas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) — como HIV, sífilis e herpes —, podem afetar o desenvolvimento auditivo do feto e levar à surdez congênita.
Complicações durante o parto
Como falamos acima, alguns casos de surdez congênita têm origem no momento do nascimento do bebê. Isso porque durante o parto, algumas condições — como as que provocam falta de oxigênio — podem causar danos ao ouvido interno da criança.
Consumo de drogas ototóxicas durante a gestação
O uso de certos medicamentos ou substâncias tóxicas durante a gravidez pode danificar as células auditivas do feto. Drogas que atingem essas células e fibras auditivas são chamadas de ototóxicas. Alguns exemplos são: Azitromicina, Ibuprofeno, Diclofenaco, Ácido Acetilsalicílico, entre outros.
Prematuridade
Bebês prematuros têm mais riscos de desenvolverem alguns problemas de saúde, entre eles a surdez congênita e outras condições de audição, devido à imaturidade do sistema auditivo.
Problemas anatômicos
Anomalias estruturais no ouvido interno, médio ou externo desenvolvidas durante o período de gestação também podem levar à surdez congênita.
Como identificar perda auditiva em bebês?
Identificar a perda auditiva em bebês e crianças pequenas pode ser um desafio. Contudo, alguns sinais podem ajudar nessa tarefa; confira:
Falta de reação e respostas a sons
Bebês com perda auditiva podem não reagir a sons altos ou ruídos inesperados. Eles podem não virar a cabeça em direção ao som ou não se assustar com barulhos fortes. Além disso, à medida que a criança cresce, é possível observar se ela reage a sons cotidianos, como batidas na porta e toques de telefone.
Ausência de vocalização/dificuldade no desenvolvimento da linguagem
Bebês normalmente começam a balbuciar entre quatro e seis meses de idade. A ausência desse balbucio ou vocalização pode ser um sinal de perda auditiva. Porém, casos nos quais existem essas vocalizações, mas há pouco desenvolvimento das habilidades de linguagem ao longo do tempo, também podem indicar problemas auditivos.
Falta de respostas às vozes
Bebês começam a reagir a vozes muito cedo, especialmente quando se trata das vozes de seus pais ou cuidadores. Isso geralmente se manifesta com sorrisos, busca pela fonte do barulho e outros tipos de reações esperadas.
Para saber mais, leia nosso texto do blog “Sinais de perda auditiva em bebês: aprenda como identificar”.
Como evitar a surdez congênita?
Primeiramente, é importante destacar que a surdez congênita nem sempre pode ser evitada. No entanto, é possível tomar algumas medidas durante a gestação para reduzir as chances de ocorrerem determinados fatores de risco.
Exames pré-natais regulares
A realização de exames pré-natais regulares ajuda a identificar e até a tratar alguns problemas de saúde maternos que possam representar riscos para o bebê, como a surdez congênita.
Vacinação
É fundamental que a gestante esteja com todas as vacinas, especialmente a da rubéola, atualizadas. Afinal, uma infecção como a rubéola pode oferecer sérios danos auditivos ao bebê, além de outros problemas de saúde graves.
Evitar exposição a agentes infecciosos
Outra forma de evitar a surdez congênita, além de outros problemas que podem afetar o bebê, é cuidar da saúde de forma a evitar exposição a infecções virais e outras doenças contagiosas durante a gravidez. Para isso, algumas atitudes simples são: lavar as mãos regularmente e evitar contato próximo com pessoas diagnosticadas com doenças transmissíveis.
Evitar drogas ototóxicas
Como falamos anteriormente, existem medicamentos que prejudicam o sistema auditivo do bebê. Por isso, converse com o seu médico antes de ingerir qualquer remédio.
Controle do diabetes
Mulheres que sofrem de diabetes devem ter, durante a gestação, atenção redobrada aos níveis de açúcar no sangue, pois isso pode aumentar o risco de surdez congênita no bebê.
Dieta equilibrada e saudável
Durante a gestação, uma dieta equilibrada e saudável deve levar em conta as necessidades do bebê. Assim, vale incluir na rotina alimentos ricos em nutrientes essenciais para o desenvolvimento fetal, como ácido fólico e ferro, sempre com a orientação de um especialista.
Evitar álcool, tabaco e drogas
Álcool, tabaco e outras drogas ilícitas causam problemas de saúde tanto para a mãe quanto para o bebê. Se consumidas durante a gravidez, essas substâncias aumentam o risco de malformação do feto e de surdez congênita.
Quais os tratamentos?
Os tratamentos para a surdez congênita vão depender da causa, da gravidade do problema e da idade em que a perda auditiva é diagnosticada. Entre os principais, podemos destacar:
Aparelhos auditivos
Usados para amplificar o som e melhorar a audição em pessoas com perda auditiva. Para bebês e crianças com surdez congênita, aparelhos auditivos podem ser uma opção eficaz para melhorar a capacidade de ouvir e desenvolver habilidades de linguagem desde cedo.
Implante coclear
Em casos mais severos, nos quais os aparelhos auditivos não oferecem melhoria significativa, o implante coclear pode ser uma boa opção. Para conhecer mais sobre esse tipo de dispositivo e como ele funciona, confira nosso texto de blog “Implante coclear: tudo o que você precisa saber sobre o dispositivo”.
Terapia auditiva e da fala
Essas terapias são essenciais para ajudar crianças com surdez congênita a desenvolverem habilidades de comunicação e linguagem e a melhorarem a percepção dos sons.
Qual o aparelho auditivo ideal?
Conforme mencionamos, os aparelhos auditivos são uma das formas de tratamentos disponíveis para crianças com surdez congênita. Porém, existem muitos modelos e marcas de aparelhos, sendo indicados para necessidades específicas e estilos de vida diferentes, o que pode tornar mais difícil a escolha do dispositivo ideal.
Sabendo disso, preparamos um texto completo com cinco dicas essenciais para quem vai comprar aparelho auditivo. Confira!
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